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7 de novembro de 2011

Índios Charruas

Índios Charruas
Inicialmente, ocupavam as duas margens do rio Uruguai, desde Itapeiu até o seu delta, mas já em época histórica estenderam seus domínios até as costas do Paraná e ocuparam o sul o Rio Grande do Sul. Localizaram-se na coxilha de Haedo, localizada ao sudoeste do Rio Grande do Sul, seguindo até o Rio Negro Em 1730, se aliaram aos minuanos, que vinham de além do Rio Uruguai e se estabeleceram nas terras próximas à Lagoa Mirim e à Lagoa dos Patos.


Armas
Como armas usavam o arco, flecha com carcases, boleadeiras, funda e lança. As flechas tinham as pontas feitas de pedra lascada. Após o contato com os espanhóis, as boleadeiras, que eram atadas com corda de tucum, passaram a ser ligadas com tiras de couro.


Hábitos
Não eram agricultores. A alimentação era caça e frutos e também foi modificada em contato com os espanhóis, passando a preferir a carne de cavalo. O uso do fumo e erva-mate adveio do contato com os brancos, pois não há vestígios anteriores desses costumes. Já em contato com os espanhóis, cobriam o corpo com uma camisa curta, sem mangas de pele curtida. No inverno, o pelo era aplicado pelo lado de dentro e no verão, ao contrário. As mulheres usavam uma saia de algodão até os joelhos. Não sabiam fiar nem tecer. Os panos de algodão que passaram a usar foram adquiridos em contato com os guaranis. Eram polígamos. As mulheres cuidavam das tarefas domésticas e dos cavalos. O homem se dedicava à guerra e à caça. Faziam conselhos de família para decidir sobre assuntos de guerra ou outros interesses. Aprenderam a montar com os espanhóis, tornando-se exímios cavaleiros, hábeis na guerra e na caça. Em domínio espanhol, atacavam fazendas, raptavam as mulheres, castravam os meninos e os levavam como escravos, e matavam os homens adultos. Não praticavam o canibalismo, ao contrário dos tupis e guaranis não-reduzidos.Os diversos grupos charruas falavam o que se convenciona chamar "línguas charruanas".


Os Charruas de Hoje
Considerados desaparecidos por nunca terem sido catequizados ou civilizados, a etnia misturou-se às demais 
da região. Os uruguaios orgulham-se de que sua ascendência tenha contribuição também desta etnia pelo caráter indômito. Na Argentina, ao nordeste, encontram-se traços de sua descendência na Província de Entre Rios mas, em 9 de novembro de 2007, após uma luta que já durava 172 anos, a Câmara Municipal de Porto Alegre realizou ato que reconhecia a comunidade charrua como povo indígena brasileiro. Considerada extinta pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a tribo charrua voltou a ser reconhecida em ato oficial da fundação em setembro de 2007. O evento foi organizado em conjunto pelas comissões de Direitos Humanos da Câmara Municipal, da Assembléia Legislativa e do Senado Federal.Existem, hoje, cerca de seis mil charruas nos países que compõem o MERCOSUL. 
Só no Rio Grande do Sul, são mais de quatrocentos índios presentes nas localidades de Santo Ângelo, São Miguel das Missões e Porto Alegre. O termo guaranis refere-se a uma das mais representativas etnias indígenas das Américas, tendo como territórios tradicionais uma ampla região da América do Sul que abrange os territórios nacionais da Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e a porção centro-meridional do território brasileiro. São chamados povos, pois sua ampla população encontra-se dividida em diversos subgrupos étnicos, dos quais os mais significativos, em termos populacionais, são os caiouás, os embiás, os nhandevas, os ava-xiriguanos, os guaraios, os izozeños e os tapietés. Cada um destes subgrupos possui especificidades dialetais,  culturais e cosmológicas, diferenciando, assim, sua forma de ser guarani das demais.


HistóriaExistem uma relativa abundância de registros históricos que tratam da trajetória dos povos guaranis a partir da época de seus primeiros contatos com os povos de origem européia. Antes desse contato, os guaranis não possuíam uma linguagem escrita: toda a sua história estava vinculada a uma complexa forma de transmissão do conhecimento através da tradição oral. Do período anterior ao contato com a cultura européia, sabe-se que eram sociedades descentralizadas de caçadores e agricultores seminômades. Sua alimentação era baseada na caça e coleta, bem como no plantio diversas variedades de vegetais, como mandioca, batata, amendoim, feijão e milho habitavam casas comunais de dez a dezenove famílias. Como os guaranis modernos se uniam e organizavam-se em redes de parentesco que compartilhavam perspectivas cosmológicas comuns.


- Priscila Martins

6 de novembro de 2011

Lendas

Existem várias lendas gaúchas. Como a Moça do Cemitério, a lenda de São Sepé, a lenda do Minhocão, a do João de Barro, entre outras. Mas, as lendas mais conhecidas são O Negrinho do Pastoreio e a do Boitatá.

O Negrinho do Pastoreio
No tempo dos escravos, havia um estancieiro, muito ruim, que levava tudo por diante, a grito e a relho. E naquele fim de mundo, fazia o que bem entendia, sem dar satisfação a ninguém. Entre os escravos da estância havia um negrinho, encarregado do pastoreio de alguns animais, muito comum em que os campos não conheciam a cerca de arame: quando muito alguma cerca de pedra erguida pelos próprios escravos, que não podiam ficar parados, para não pensarem em bobagens. No mais, os limites dos campos eram colocados por Deus. Certo dia, o negrinho, que já havia sofrido as maiores judiarias às mãos do patrão, perdeu um animal. Acabou apanhando barbaridades por isso, e ainda foi mandado procurar o animal extraviado. Como a noite vinha chegando, ele agarrou um toquinho de vela e uns avios de fogo, com fumo e tudo saiu campeando. O toquinho acabou quando o dia veio chegando, e então ele teve que voltar para a estância. Então foi outra vez atado no palanque, e desta vez apanhou tanto que morreu, ou parece que morreu. O patrão mandou abrir a "panela" de um formigueiro e atirar lá dentro. No dia seguinte, o patrão e os seus escravos foram ver o formigueiro. A surpresa foi verem o negrinho vivo e contente, ao lado do animal perdido. E desde então o negrinho do pastoreio ficou sendo o achador das coisas extraviadas. 

Boitatá
Em tempos antigos, houve um grande dilúvio, que afogou até os cerros mais altos. Poucas pessoas e poucos bichos escaparam. Mas a cobra-grande, chamada pelos índios de Guaçu-boi, escapou. Tinha se enroscado no galho mais alto da mais alta árvore. A Guaçu-boi, mesmo morta de fome só comia os olhos dos mortos. Diz-que os viventes, pessoas ou bichos quando morrem guardam os olhos a última luz que viram. E foi essa luz que a Guaçu-boi foi comendo, comendo... E com tanta luz dentro dela, ela foi ficando brilhosa, de uma luz fria, meio azulada. Tantos olhos que comeu e tanta luz guardou, que um dia a Guaçu-boi arrebentou e morreu, espalhando esse clarão gelado por todos os rincões. Os índios quando viram aquilo, assustados, não mais reconhecendo a Guaçu-boi, diziam cheio de medo: Mboi-tatá! Mboi-tatá!", que na língua deles significava "cobra de fogo". E até hoje o Boitatá anda errante pelas noites do Rio Grande do Sul.


Fonte: http://www.lendas-gauchas.radar-rs.com.br/index.htm

- Mariana Ribeiro

Origem da bandeira riograndense.

A bandeira do Rio Grande do Sul é uma das mais tradicionais e conhecidas no país.Teve sua origem vinda dos desenhos de alguns rebeldes durante a Guerra dos Farrapos, mais aproximadamente em 1835, mas ainda não continha o brasão de armas. Em 5 de Janeiro de 1966 foi oficializada como bandeira do estado, já possuindo o brasão de armas na parte central. Não há realmente um consenso sobre o significado das cores da bandeira, o que existe, são várias teorias. Alguns alegam que as cores simbolizam o auriverde do Brasil separado pelo vermelho da guerra, ja outras afirmam ser uma combinação do rubroverde da bandeira Portuguesa com o aurivermelho da bandeira espanhola, o que certamente faria todo o sentido em uma região de fronteira entre essas duas potências coloniais. Entretanto, a versão mais certa e aceita é a de que o verde e o amarelo representam o Brasil e a faixa vermelha representa o sangue, a liberdade e a república. Assim se encontra  no meio do verde e do amarelo para demonstrar a separação do Rio Grande do resto do País.














"Liberdade, igualdade e humanidade" - Esse é o lema que a bandeira carrega, e tanto ele quanto os símbolos que se encontram na mesma estão diretamente ligados a maçonaria, uma vez que a elite gaúcha militar e política à época da Guerra dos Farrapos, era em sua grande maioria, maçônica.



 Fonte :
http://www.girafamania.com.br/listaestados/br-rs.htm


-Vitória



Paixão Côrtes

João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes natural da cidade de Santana do Livramento, nasceu no dia 12 de Julho de 1927.Formado em Agronomia é um folclorista, compositor, radialista e um grande pesquisador brasileiro.
Paixão Côrtes é um personagem decisivo da cultura gaúcha e do movimento tradicionalista no Rio Grande do Sul, onde foi muito imortante na recuperação dos traços da cultura do Rio Grande.
Em 1947 com Glauco Saraiva, Barbosa Lessa, e Orlando Degrazia, faziam parte de um grupo de estudantes secundaristas do Colégio Júlio de Castilhos em Poa onde deu origem ao Movimento Tradicionalista Gaúcho que hoje ajudar mais de 1.500 entidades.
Em 1948 organizou e fundou o "CTG 35"e, em 1953, fundou o pioneiro "Conjunto Folclórico Tropeiros da Tradição".
Em 1964 apresentou-se na Alemanha na Feira Mundial de Transportes e Comunicações na cidade de Munique. Recebeu ainda no mesmo ano o prêmio de "Melhor Cantor Masculino de Folclore do Brasil".
Como grande pesquisador possui um vasto acervo sobre os costumes rio-grandenses. É convidado com frequência para falar sobre assuntos ligados á cultura regional.




-Maira Valentiniani

Estátua do Laçador

O monumento é a representação do gaúcho tradicionalmente pilchado (em trajes típicos) e teve como modelo o tradicionalista Paixão Côrtes.
 Em 1954, foi elaborado em São Paulo um concurso público para a execução de uma escultura que identificasse o homem Rio-grandense. A escultura vencedora ficaria exposta no Parque Ibirapuera, no espaço reservado ao Rio Grande do Sul.
 O vencedor do concurso foi Antônio Caringe, natural da cidade de Pelotas.
 A cidade de Porto alegre, não possuia na época nenhum monumento ao gaúcho. Por isso, houve reivindicação popular para compra da estátua, o que a preitura do município fez em 20 de Setembro de 1958, ela foi inaugurada sendo instalada na entrada principal da cidade junto ao aeroporto.
 A estátua portava originalmente uma boleadeira, mas após depredação e reforma em1993 passou a portar um chicote na mão.O monumento representa o gaúcho em sua vestimenta típica campeira: de lenço, bombachas, esporas, faca na cintura e boleadeiras, é a personificação do tradicionalista gaúcho de uma época.
Moldado em bronze, a escultura possui 4,5 m de altura, pesa 3,8 toneladas e está sobre um pedestal de granito

Fonte:
http://www.colegioweb.com.br/geografia/monumento-lacador.html
Livro: Cultura Gaúcha
Editora: FTD
Editor: Guilherme M. dos Santos


-Maira Valentiniani

Danças Típicas

A dança gaúcha teve influência européia e muito das demais praticadas no restante do Brasil.
A principal influencia foi a dos portugueses, que trouxeram o seu modo alegre e expansivo de dançar. Os gaúchos trocaram os famosos tamancos do folclore português, por botas e sapatos adaptados por causa do clima frio. Os gaúchos a partir de 1835 organizaram o Movimento tradicionalista, atualmente existente em todos cantos dos Estados Sulinos, onde mantém vivo as danças gaúchas.

Paraná (PR)
 
- Pau – de – Fitas;
- Fandango;

Rio Grande do Sul (RS)

Balaio: Dança folclórica brasileira originada do Nordeste, bastante popular no RS. Trata-se de uma dança de sapateado e, ao mesmo tempo, de conjunto. Além disso destaca-se a formação de rodas que giram.


Dança dos Facões: Dança folclórica gaúcha apresentada somente por homens. O elemento coreográfico principal é o facão. Destaca-se a importância da coordenação de movimentos de ataques e defesa.

Chimarrita: Dança que os colonos açorianos trouxeram para o Sul do Brasil no final do séc. XVIII. Do RS, a dança tradicional a chimarrita é dança de pares em fileiras opostas. As fileiras se cruzam, se afastam em direções contrárias e tomam a se aproximar, lembrando as evoluções de certas danças tipicamente portuguesas.


Pezinho: originária de Portugal e Açores é vivas e alegre, com características de ingenuidade. É a mais conhecida dança do folclore gaúcho, onde os dançarinos apresentam duas partes: na primeira uma marcação dos pés e na segunda os pares giram em torno de si próprios, tomados pelo braço.

Chula: de origem polêmica possivelmente desenvolvida no RS no sec. XIX. Caracteriza-se pela agilidade do sapateio dos peões, em disputas, sapateando sobre uma lança estendida no salão. Ela é citada como uma espécie de jogo típico dos gaúchos. Dois dançarinos ficam frente a frente tendo entre si uma lança de quatro metros de comprimento. Um dos oponentes executava uma sequencia de difíceis passos indo até a extremidade oposta e voltando ao seu lugar de origem. Ao segundo oponente cabia, repetir o passo e fazer uma mais difícil, e assim continuaria da mesma forma. Perdia a disputa aquele que saísse do ritmo e errasse o passo ou chutasse a lança.

Milonga: Essa dança também é popular na Argentina e no Uruguai. No Rio Grande do Sul, ela recebe a companhia da viola e de outros instrumentos musicais. A milonga gaúcha lembra os passos do tango e é bem mais lenta e romântica. Ela pode ser dançada de três formas: há vaneirada (seguindo os passos da vaneira), tangueda (dança no ritmo de marcha) e rio grandense (dança com passos dois e um).

 
Vaneirão/ Vaneira/ Vaneirinha:
É um ritmo bastante comum no estado e tem suas origens na cidade de Havana, em Cuba. Sua influencia incidiu não só sobre o Rio Grande do Sul como também nos sambas do Rio de Janeiro. O nome da dança altera conforme o ritmo, pois se ele for lento recebe o nome de Vaneirinha, rápido, vaneirão e moderado, vaneira. Os passos são realizados com dois pra lá e dois pra cá, sendo que são alterados com quatro movimentos de cada lado.
- Chote;- Chamamé;- Rancheira.

Santa Catarina (SC)

- Boi de Mamão;
- Dança do vilão;
- Balainha.



- Bárbara Flores




Evolução da Vestimenta Gaúcha

Traje Gaúcho – 1730 á 1820

           Patrão das vacarinas e Estancieira Gaúcha
Foi o primeiro estancieiro. Trajava-se basicamente á européia, com a Braga e as ceroulas de crivo. Passou a usar também a bota de garrão de potro, invenção gauchesca típica. Igualmente o cinturão-guaiaca, o lenço de pescoço, o pala indígena, a tira de pano prendendo os cabelos, o chapéu de pança de burro.
A mulher, usava botinhas fechadas, meias brancas ou de cor, longos vestidos de seda ou veludo, mantilha, chalé ou sobrepeliz, grande travessa prendendo os cabelos enrolados e o infatável leque.

       Peão das vacarias e China das vacarias
O traje do peão das vacarias destinava-se a proteger o usuário e a não atrapalhar a sua atividade – caçar o gado e cavalgar.
Normalmente, este gaúcho só usava o chitipá primitivo (pano enrolado como saia, até os joelhos, meio aberto na frente, para facilitar a equitação e mesmo o caminhar do homem) e uma pala enfiado a na cabeça.

A mulher vestia-se pobremente: nada mais que uma saia comprida, rodada de cor escura e blusa clara ou desbotada com o tempo. Pés e pernas descobertas, na maioria das vezes. Por baixo, apenas usava bombachinhas, que eram as calças femininas da época.

Pala: tem origem indígena mas era utilizada basicamente por gaúchos. Pode ser de lã ou algodão, quando protege contra o frio, ou de seda, quando protege contra o calor. É sempre retangular com franjar nos quatro lados. A gola do pala é um simples talho, por onde o homem enfia o pescoço.


Traje Gaúcho – 1820 – 1865


        Chiripá Farroupilha  e Saia e Casaquinho

Este período é dominado por um Chiripá que substitui o anterior, que não é adequado á equitação, mas para o homem que anda de pé. O Chiripá dessa nova fase é em forma de grande fralda, passada por entre as pernas. Este se adapta bem ao ato de cavalgar e essa é certamente a explicação para o seu aparecimento. Com isto, fica claro que o Chiripá Primitivo era de origem indígena.

Já o Chiripá Farroupilha é inteiramente gaúcho. Esse é um traje muito funcional, nem muito curto, nem muito comprido, tendo o joelho por limite, ao cobri-lo. As esposas deste período são as chilenas, as nazarenas e os novos tipos inventados pelos ferreiros da campanha.

A mulher, nesta época, usava saia e casaquinho com discretas rendas e enfeites. Tinham as pernas cobertas com meias, salvo na intimidade do lar. Usavam cabelo solto ou trançado, para as solteiras e em coque para as senhoras. Os sapatos eram fechados e discretos. Como jóias apenas um camafeu ou broche. Ao pescoço vinha muitas vezes o fichú (triângulo de seda ou crochê, com as pontas fechadas por um broche). Este foi o traje usado pelas ricas e pobres desta época.


         Traje Gaúcho – A partir de 1865

Bombacha e vestido de Prenda

A bombacha surgiu com os turcos e veio para o Brasil usada pelos pobres na Guerra do Paraguai. Até o começo do século, usar bombachas em um baile, seria um desrespeito. O gaúcho viajava á cavalo, trajando bombachas e trazia as calças ‘’cola fina’’, dobradas em baixo dos pelegos, para frisar.
As bombachas são largas na fronteira, estreitas na Serra e médias no Planalto, abotoados no tornozelo, e quase sempre com favos de mel.
A correta bombacha é a de cós largo, sem alças para a cinta e com dois bolsos grandes nas laterais, de cores claras para ocasiões festivas, sóbrias e escuras para viagens ou trabalho.


A camisa é de um pano só, no máximo de pano riscado, Em ambiente de maior respeito usa-se o colete, a blusa campeira ou o casaco. O lenço do pescoço é atado por um nó de oito maneiras diferentes e as cores brancas e vermelhas são as mais tradicionais.

Usa-se mais frenquetemente o chapéu de copa baixa e abas largas, podendo variar com o gosto individual do usuário, evitando sempre enfeites indiscretos no barbicacho. Por convenção social o peão não usa chapéu em locais cobertos. As esporas mais utilizadas são as ‘’chilenas’’, destacando-se ainda as ‘’nazarenas’’. Botas, de sapataria preferencialmente pretas ou marrons.


Para proteger-se da chuva e do frio usa-se o poncho ou a capa campeira e do calor o poncho-pala (feito de seda). Cita-se ainda o bichará como proteção contra o frio do inverno, (o preto é somente usado em sinal de luto). O tirador deve ser simples, sem enfeites, curtos e com flecos compridos na Serra, de pontas arredondadas no Planalto, comprido com ou sem flecos na Campanha e de bordas retas com flecos de meio palmo na Fronteira. É verdade o uso de bombacha com túnica tipo militar, bem como chiripás por prendas por ser um traje masculino.

O vestido pode ser inteiro para todas as prendas, ou saia e blusa, com ou sem casaquinho, para as prendas adultas e senhoras. A saia pode apresentar cortes na cintura, dependendo da idade e estrutura física da prenda, e com o comprimento da saia alcançando o peito do pé. Os tecidos dos vestidos variam de acordo com as estações climáticas, podendo ser lisos ou com estampas florais. Não são permitidos tecidos transparentes sem forro e nem brilhantes, também não é aconselhável o uso do preto e a cor branca, não deve ser usadas as cores da bandeira do Rio Grande do Sul. O vestido da geralmente não é decotado, porém é admitido um leve decote, com ou sem gola, sem expor se expor muito. Pode apresentar enfeites, mas sem muito exagero. Modernamente a gaúcha tem trocado o vestido de prenda pelo Chiripá.

Fonte: http://regionalismogaucho.weebly.com/vestuaacuterio.html
-Bárbara Flores

O tradicionalismo e o MTG ( movimento tradicionalista gaúcho)

Em poucos estados existe um apego tão forte as tradições, como o que acontece aqui no Rio Grande do Sul. Desde pequenos, somos educados a honrar com orgulho a história dos antepassados cultivando os costumes antigos até os dias atuais, utilizando os símbolos da cultura gaúcha que passam de geração para geração. Uma cultura vasta repleta de culinária, danças típicas, indumentária, músicas e literatura tradicionalista,para citar algumas coisas,faz com que a tradição gaudéria seja sempre cultivada e lembrada. Uma comprovação de que a tradição construída aqui no estado é forte, é que em qualquer lugar do mundo,onde se encontra um grupo de gaúchos, a cultura rio grandense vai se manter viva e cultuada.

Com fins de preservar e desenvolver a cultura gaúcha, foi criado o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG).Fundado em 27 de novembro de 1967. Alguns objetivos do MTG são :
  • Auxiliar o Estado na solução dos seus problemas fundamentais e na conquista do bem coletivo;
  • Cultuar e difundir nossa História, nossa formação social, nosso folclore, enfim, nossa Tradição, como substância basilar da nacionalidade;
  • Promover, no meio do nosso povo, uma retomada de consciência dos valores morais do gaúcho;
  • Facilitar e cooperar com a evolução e o progresso, buscando a harmonia social, criando a consciência do valor coletivo, combatendo o enfraquecimento da cultura comum e a desagregação que resulta;
  • Zelar pela pureza e fidelidade dos nossos costumes autênticos, combatendo todas as manifestações individuais ou coletivas, que artificializem ou descaracterizem as nossas coisas tradicionais;
  • Revalidar e reafirmar os valores fundamentais da nossa formação, apontando às novas gerações rumos definidos de cultura, civismo e nacionalidade



    O Movimento Tradicionalista Gaúcho encontra-se presente nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Planalto Central , Rio de Janeiro, Mato Grosso, Amazônia Ocidental, Estados no nordeste  e São Paulo.              

    O MTG tornou-se  o disciplinador, o orientador das atividades dos centros de tradições gaúchas e dos departamentos tradicionalistas.  No que diz respeito  a Carta de Princípios do Tradicionalismo Gaúcho, constituindo-se no maior organismo cívico-sócia-cultural do Rio Grande do Sul e, porque não dizer, do Brasil.   

    Agora um vídeo que eu encontrei e julguei muito condizente com a temática abordada. O material foi produzido pelos alunos de Radiojornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul , UFRGS, e nos mostra de uma forma bem completa os aspectos do tradicionalismo gaúcho, enfocando a cultura rio grandense em partes como a sua culinária,literatura e danças típicas.







     Fonte:

  • http://www.somosdosul.com.br/index.php/historia-rgs/172-o-tradicionalismo-gaucho  
  • http://portalgaucho.com.br/?pg=1&act=18  
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Tradicionalista_Ga%C3%BAcho  



 -Vitória

Comportamento do Gaúcho

Paul Rivet (o importante antropólogo francês do século passado, fundador do Museu do Homem e estudioso dos povos da América Latina) levantou uma publicação de 1833, do jornal "Le National", Paris, com várias informações sobre o gaúcho, entre as quais: "Sua fala é enérgica, rápida e irregular; falam com fogosidade e grande facilidade; são imaginativos de espírito vivaz e apaixonados. Entre eles, quem sabe montar, laçar, atirar a boleadeira e manejar uma faca, está completo.  são improvisadores, vivendo as expensas das inextinguíveis tropas de gado cuja carne é a base de sua alimentação. Muitos jamais comeram pão. Sua calma habitual cede lugar a um ardor indomável quando o fogo de suas paixões se acende, o que não é raro. O sentido de independência e amor a pátria, por exemplo se manifestaram mais de uma vez entre estas gentes grosseiras de alma heróica. Quando estoura uma guerra, este povo pastoril e pacífico se volve, de golpe, em um exército de terríveis guerreiros. Seu gosto pelo baile e música mostra igualmente, que sua sensibilidade é susceptível de grande exaltação. O Gaúcho é bravo por temperamento, mas sua bravura é animal. São capazes dos mais formosos atos de devoção e sacrifício pessoal pela causa que abraçaram. Em suas brigas, em que o jogo é a causa mais habitual, estão sempre prontos a degolar-se. À menor provocação, sacam a faca e corre sangue". 

Fonte:http://portalgaucho.com.br/?pg=1&act=20
-Isadora Freitas

Algumas tradições Gaúchas


A maneira de falar do gaúcho antigo chegou de forma impressionante até os dias de hoje. Nos centros urbanos do Estado, milhares de palavras originais da língua campeira continuam sendo usadas com o seu significado real (apesar de que a maioria das pessoas que as utilizam não sabe da sua origem).
   A música, os payadores (Pajador é o repentista que canta seus versos de improviso com o acompanhamento de milonga, feito por guitarra) e a poesia gaúcha. Simões Lopes Neto no seu Cancioneiro Guasca, música popular gaúcha do passado, mostra a atenção que os habitantes do interior tinham pelo gaúcho. Muitas pessoas do interior, ainda hoje ligadas diretamente ou indiretamente ao campo, compõem músicas e fazem poesias e trovas a maneira do gaúcho. Centenas de músicos de qualidade compõem letras e músicas campeiras. Festas que lembram as habilidades do gaúcho (doma e laço, principalmente) são atração sempre que acontecem, mesmo nas zonas mais metropolitanas. Pesquisadores como Paixão Côrtes e Barbosa Lessa conseguiram recuperar muito da dança gaúcha.
 No mundo inteiro, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, festas regionais reforçam suas certezas sobre suas origens, este é o sentido de conhecer o passado, afinal "É tão grave esquecer-se no passado como esquecer o passado. Nos dois casos desaparece a possibilidade de história".

Fonte: http://portalgaucho.com.br/?pg=1&act=1

-Isadora Freitas